Usar a bike em turma traz condicionamento físico e acaba com a insegurança.
Por Minha Vida Publicado em 9/9/2010
As pedaladas têm gostinho de superação quando você é criança. Difícil encontrar quem não se lembre com sorriso do dia em que o equilíbrio venceu e as rodinhas foram deixadas de lado. Sensação parecida aparece quando, para deixar de sofrer com o trânsito da cidade, muita gente resolve apostar na bike. Dispostas a vencer o desafio de enfrentar buracos, lombadas e motoristas impacientes, muitas pessoas procuram estímulo extra nos grupos de ciclismo. "Em turma, o entusiasmo e a segurança aumentam, favorecendo a prática", afirma o professor Leandro Carvalho, que trabalha com treinamento e assessoria de corrida de rua e ciclismo.
Lívia Araújo começou tímida, arriscando pegar a bicicleta de vez em quando para ajudar na dieta. Tomou gosto pela brincadeira e ingressou no Massa Crítica, grupo de ciclistas urbanos de Porto Alegre (RS). A turma usa a bike como meio de transporte para a maioria dos deslocamentos e se reúne uma vez por mês para pedalar como diversão. "Hoje pedalo para o trabalho, faço passeios e também usa a bicicleta quando preciso fazer pequenas compras", conta. Mas ainda não é fácil, existe uma guerra entre carros, motos e bicicletas. Lívia acredita que o espaço das bicicletas deve ser respeitado, sem imposição. "A cidade só tem a ganhar com mais ciclistas nas ruas".
Lívia Araújo começou tímida, arriscando pegar a bicicleta de vez em quando para ajudar na dieta. Tomou gosto pela brincadeira e ingressou no Massa Crítica, grupo de ciclistas urbanos de Porto Alegre (RS). A turma usa a bike como meio de transporte para a maioria dos deslocamentos e se reúne uma vez por mês para pedalar como diversão. "Hoje pedalo para o trabalho, faço passeios e também usa a bicicleta quando preciso fazer pequenas compras", conta. Mas ainda não é fácil, existe uma guerra entre carros, motos e bicicletas. Lívia acredita que o espaço das bicicletas deve ser respeitado, sem imposição. "A cidade só tem a ganhar com mais ciclistas nas ruas".
Ela conta que, no Massa Crítica, os novatos têm todo o apoio dos mais experientes quando há subidas e movimentos mais arriscados em ruas agitadas. Também faz parte da rotina do grupo a troca de informações sobre os cuidados mecânicos e sobre alimentação, tudo em nome de um dia a dia mais saudável. "No grupo, essas conversas são naturais, fazem parte da rotina. Você sente o clima de cooperação e, quando menos imagina, já se sente parte daquilo tudo, seus hábitos já foram completamente transformados pela bicicleta".
Medo de ficar para trás
A regra, comum a todos os grupos, não deixa brecha para confusão. Nenhum ciclista deve ser deixado para trás e a descoberta de distâncias e percursos desafiadores precisa fazer parte da programação. "Não há espaço para desmotivação, nosso esforço é para que cada vez mais pessoas sintam os efeitos desta prática, sintam o quanto ela pode melhorar a qualidade de vida não só de quem pedala, mas também de quem tem a chance de viver numa cidade menos congestionada e menos poluída", afirma Alessandro Della Giustina, da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis.
Em relação à segurança, optar por um grupo de ciclismo outra vantagem. "É muito mais difícil um motorista cometer uma imprudência e colocar em risco a vida de uma massa sobre rodas do que de um ciclista sozinho. E, no caso de quem pedala à noite, sempre há alguém que fazer companhia até em casa após o circuito", lembra a ciclista Lívia, do Massa Crítica. No caso de haver acidente, o grupo consegue socorrer e providenciar todo suporte necessário muito mais facilmente, além de serem reduzidas as chances de assalto.
Em relação à segurança, optar por um grupo de ciclismo outra vantagem. "É muito mais difícil um motorista cometer uma imprudência e colocar em risco a vida de uma massa sobre rodas do que de um ciclista sozinho. E, no caso de quem pedala à noite, sempre há alguém que fazer companhia até em casa após o circuito", lembra a ciclista Lívia, do Massa Crítica. No caso de haver acidente, o grupo consegue socorrer e providenciar todo suporte necessário muito mais facilmente, além de serem reduzidas as chances de assalto.
Guerra contra os carros
Aumentar a rede de amizades também fica mais fácil quando você entra para um grupo e passa a ganhar intimidade com esse modelo mais saudável e ecológico de circular por aí. "Você precisa prestar atenção em si e também nos outros, acompanhando o ritmo da turma e se adaptando às mudanças. É um exercício para o corpo e também para a mente", afirma Maurício Soares Lima, do grupo Floripa Bikers, de Florianópolis (SC), que se reúne duas noites por semana para circular pela cidade.
Também existe quem aposte nas pedaladas para se afastar da rotina, como é o caso do movimento Pedala Joinville. "Nossos pedais são sempre para regiões rurais, sem pressão, barulho e livre dos perigos do trânsito. A gente aproveita mais o esporte e também fica mais fácil fazer novas amizades", afirma Roberto Andrich, integrante do grupo.
Também existe quem aposte nas pedaladas para se afastar da rotina, como é o caso do movimento Pedala Joinville. "Nossos pedais são sempre para regiões rurais, sem pressão, barulho e livre dos perigos do trânsito. A gente aproveita mais o esporte e também fica mais fácil fazer novas amizades", afirma Roberto Andrich, integrante do grupo.
Mas quem experimenta garante que o difícil mesmo é reservar somente algumas ocasiões para as pedaladas. Willian Cruz não aguentava mais dirigir em São Paulo e, há sete anos, trocou seu carro por uma bicicleta. "Conheço os riscos. Mas acho que o grupo tem um papel importante nisso, a pessoa vai ganhando segurança para cair nas ruas sozinho quando não é dia de pedalar com a turma".
Por outro lado, o grupo também ensina os ciclistas a respeitarem os carros e as motocicletas. Uma lição importante quando se tem em conta o número reduzido de ciclovias que cortam as vias urbanas. "Oferecer passagem, prestar atenção nos sinais de trânsito e evitar a competição com os outros veículos são práticas de grupo que tornam-se naturais quando você está pedalando."
Por outro lado, o grupo também ensina os ciclistas a respeitarem os carros e as motocicletas. Uma lição importante quando se tem em conta o número reduzido de ciclovias que cortam as vias urbanas. "Oferecer passagem, prestar atenção nos sinais de trânsito e evitar a competição com os outros veículos são práticas de grupo que tornam-se naturais quando você está pedalando."
Volta ao mundo de bicicleta
Você já imaginou dar a volta ao mundo de bicicleta? Um grupo de amigos de infância não só imaginou como começou a jornada em abril deste ano. "Nós optamos pela bicicleta para fazer essa viagem porque ela não polui, não produz resíduo e não agride o meio ambiente. Além de ser um esporte que estimula o corpo e a mente. Sua velocidade proporciona um contato direto com a natureza e com as pessoas", diz Kico Zaninetti, um dos participantes do grupo denominado Nova Origem.
O roteiro dos amigos inclui a volta ao mundo de bicicleta para a realização de um estudo sobre sustentabilidade. A viagem contará com 45 mil km de bike, rodados em cerca de 40 países, durante quatro anos. O trajeto está dividido em três grandes etapas de aproximadamente 15 mil quilômetros cada. A primeira são as Américas, a segunda a Europa e Norte da África, seguidas pelo Sul da Ásia e pela Oceania.
O roteiro dos amigos inclui a volta ao mundo de bicicleta para a realização de um estudo sobre sustentabilidade. A viagem contará com 45 mil km de bike, rodados em cerca de 40 países, durante quatro anos. O trajeto está dividido em três grandes etapas de aproximadamente 15 mil quilômetros cada. A primeira são as Américas, a segunda a Europa e Norte da África, seguidas pelo Sul da Ásia e pela Oceania.
6 dicas para encontrar um grupo
1. Entre em contato com a Associação de ciclistas da sua cidade. Eles podem recomendar grupos sérios e comprometidos com pedaladas seguras.
2. Reflita sobre seus interesses em pedalar: rotas rurais, por exemplo, não ajudam se você tem como objetivo perder o medo para encarar o trânsito da cidade.
3. Pergunte sobre o limite de ciclistas permitido: há grupos de dez pessoas enquanto outros admitem até oitenta ciclistas pedalando ao mesmo tempo.
4. Faça perguntas sobre o preparo físico exigido: você pode perder o interesse rapidamente caso seja encaixado em uma turma com preparo físico muito superior ao seu e não sinta dificuldade demais para realizar os percursos.
5. Faça uma lista dos dias e horários mais convenientes para você. A bicicleta deve ser um meio de melhorar a sua qualidade de vida, e não mais uma fonte de estresse.
6. Busque opiniões de integrantes do grupo que você escolher. Assim, fica mais fácil ter uma idéia do clima que predomina entre os participantes e você já começa a se enturmar.
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