Mesmo com uma bike emprestada, de última hora, ela terminou na quarta colocação geral feminina, garantindo a vaga à final no Havaí, além de manter a liderança do ranking nacional.
“Treinei muito para essa prova e não iria desistir. Realmente foi muito duro, não consegui me adaptar e sofri. Mas no meu ponto de vista, a minha colocação foi positiva”, afirmou atleta da equipe Tremendão, também patrocinada por K-Swiss, Hammer Gel, Mormaii, Orbea, OG Design e DKS.
A prova foi realizada dentro do Centro de Instrução de Guerra na Selva, do Exército Brasileiro (CIGS), o chamado “Quadrado Maldito”, com 5 km de natação no Rio Amazonas, 30 km de mountain bike e 9 km de corrida nas estradas de terra e trilhas da selva fechada. Para Luzia, as dificuldades aumentaram, por ter de usar uma bike bem diferente da sua, como medida do quadro e peso.
“No dia anterior à largada, quebrou a gancheira e o câmbio da bike. Tentei em várias lojas para comprar, mas não consegui. Me arrumaram uma bike emprestada por um morador da Cidade, bem diferente da minha. Como já estava lá, resolvi correr, independente do resultado e dei meu máximo. Fui a primeira a sair da água e fiz a segunda melhor corrida, mas no mountain bike não tive a performance esperada”, contou.
Apesar da dificuldade enfrentada no trecho de pedal, ela decidiu ir em frente, inspirada pelos militares, com quem teve um curso. “Segundo eles, lá não existe a palavra desistência e sim vencer com as ferramentas que temos”, destacou Luzia.
“Só tenho a agradecer ao secretário de Esportes de Manaus, que me ajudou a procurar a gancheira, me levando a vários lugares. Manaus é uma cidade solidária, tanto os militares quanto o povo. Todos receptivos e atenciosos. Durante a prova muitas pessoas gritavam incentivando”, agradeceu Luzia que volta a competir no XTerra em agosto, na etapa em Mangaratiba no litoral sul do Rio de Janeiro.
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